Fernanda Pinto Fernandes

17 de fev de 20232 min

Alto Minho quer criar infraestrutura tecnológica relacionada com sistemas agroambientais

Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) debatem estratégia de inovação e transferência de conhecimento para a área do agroalimentar no Alto Minho.

O presidente do Conselho Intermunicipal da CIM Alto Minho, Manoel Batista, reuniu-se hoje, dia 17 de fevereiro, em Ponte de Lima, com o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), António Cunha, para "discutir uma estratégia conjunta para a inovação sub-regional e para a transferência de conhecimentos na área do agroalimentar." As energias oceânicas e a inovação industrial, foram outros dos temas debatidos, destacando-se, neste último caso, o papel do CiTin – Centro de Interface Tecnológico Industrial, uma entidade de cariz científico e tecnológico criada no Alto Minho para apoio à inovação da indústria transformadora, tendo em vista o desenvolvimento da competitividade da região.

Relativamente ao sector agroalimentar, avança a CIM Alto Minho em nota de imprensa, "a intenção é criar no Alto Minho uma infraestrutura tecnológica relacionada com sistemas agroambientais e alimentação sustentável", nomeadamente no âmbito da Estratégia de Especialização Inteligente S3 Norte 2027, nos domínios prioritários "Sistemas Agroambientais e Alimentação”, e "indo ao encontro dos eixos de intervenção do programa NORTE 2030, em particular o "Norte mais competitivo" e o "Norte mais verde e hipocarbónico". "

Esta orientação política reflete-se, de igual modo, na Estratégia Alto Minho 2030, sobretudo no Eixo 1 – Tornar o Alto Minho uma região mais competitiva, nomeadamente no seu objetivo estratégico de valorização dos recursos endógenos, e no Eixo 4 – Tornar o Alto Minho uma região mais resiliente por via da sustentabilidade.

"A criação de uma infraestrutura tecnológica relacionada com sistemas agroambientais e alimentação sustentável no Alto Minho justifica-se também pela elevada concentração e diversidade de sistemas agroambientais de significativo valor natural, paisagístico e ambiental", explica, dando como exemplos o Parque Nacional da Peneda do Gerês, Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e São Pedro D´Arcos, Paisagem Protegida do Corno do Bico, Serra d’Arga e Litoral Norte, entre outros espaços, "num mosaico diversificado de sistemas de produção agrícola e florestal, bem como agroindústrias e outras empresas do sector alimentar.", sublinha.

"A infraestrutura tecnológica possibilitará, pois, o desenvolvimento, experimentação, otimização e demonstração de processos, técnicas, tecnologias e produtos nas áreas da sensorização e da agricultura de precisão, permitindo ao sector adaptar-se e contribuir para os objetivos preconizados na Estratégia Europeia para os Dados; dos sistemas de produção sustentáveis suportados na utilização eficiente dos recursos e na proteção dos ecossistemas, com recurso a soluções baseadas na natureza; da valorização de recursos endógenos (animais e vegetais) e nos subprodutos da atividade agropecuária e agroindústrias, de acordo com a pirâmide de valor da (bio)economia (circular); da qualidade e segurança alimentar; além de novos ingredientes e produtos inovadores.", conclui.

Nesta reunião, estiveram também presentes o presidente do IPVC, Carlos Rodrigues, e o coordenador científico do NUTRIR, Nuno Brito.

    0