JOÃO MARTINS QUARTETO | HUNDRED MILLISECONDS
sábado, 10/10
|Teatro Diogo Bernardes
JOÃO MARTINS QUARTETO | HUNDRED MILLISECONDS O JAZZ DE ALTA QUALIDADE REGRESSA AO TEATRO DIOGO BERNARDES COM O CARIMBO PORTA-JAZZ 10 de outubro – 22h00 – Teatro Diogo Bernardes – Ponte de Lima
Horário e local
10/10/2020, 22:00
Teatro Diogo Bernardes, R. Agostinho José Taveira 80, 4990-150 Pte. de Lima, Portugal
Sobre o evento
Sábado à noite, 10 de outubro, às 22h00, o Teatro Diogo Bernardes, em Ponte de Lima, abre as suas portas para apresentar um concerto de jazz, com o conceituado carimbo Porta-Jazz, em que João Martins, em quarteto, apresentará o seu recente trabalho, Hundred Milliseconds, saído a público em setembro passado.
“Hundred Milliseconds” surge da crescente necessidade de João Martins dar vida a algumas músicas que iam sendo guardadas na pasta “Ideias, temas e afins” do seu computador, há já alguns anos. Por diversos motivos foram-se adiando os contactos, os ensaios, os concertos... As condições reuniram-se e a altura chegou de colocar o projeto em andamento.
Será Jazz? Será Rock? Serão improvisações? Será caos ou silêncio? Será tudo isto junto e misturado? Para já... são simplesmente cerca de 20 anos de experiências musicais resumidas num número de temas que fazem parte de um conceito, As Primeiras Impressões, e que finalmente ganharam vida e saíram da pasta.
Formação:
João Martins: Bateria, Percussões e Sintetizadores
Fábio Almeida: Saxofones Alto e Tenor
Gabriel Neves: Saxofones Soprano e Tenor
Nuno Trocado: Guitarra Elétrica e efeitos
Sobre Hundred Milliseconds, atente-se às palavras de Rui Eduardo Paes (jazz.pt – Ponto de Escuta).
"A música tem destas coisas. Num álbum com temas compostos por um baterista (que ora em vez também utiliza sintetizadores), João Martins, encontramos o que de melhor há por estes dias com uma dupla de saxofones, o alto e o tenor de Fábio Almeida e o soprano e tenor de Gabriel Neves, ambos ouvidos antes por mim ao lado de Hugo Carvalhais. Em “100 ms”, a segunda faixa de “Hundred Milliseconds”, o que fazem deixa-nos de bicos dos pés: uníssonos que se convertem em contrapontos, para logo depois parecerem em viva disputa num duplo solo cruzado, fazendo de seguida o caminho inverso. O tema cavalga por um plano de convergências desobrigadas e divergências cúmplices que nos surpreendem minuto a minuto e nos enchem as medidas. Mas se o mérito interpretativo é todo deles, tornando evidente a sua superior qualidade como músicos, o autoral cabe a Martins, que neste disco revela um conceito de escrita importante de reter no presente quadro do jazz português, complexo sem ser ornamental e cativante sem roubar o protagonismo ao que realmente interessa neste contexto, a improvisação.
Mais adiante no CD, “Amygdala” é outro pico de audição, e tanto no que respeita ao que vem na partitura como na sua tradução prática. Aqui, brilham a bateria do líder da sessão e a guitarra de Nuno Trocado (não há baixo ou contrabaixo), com interjeições saxofonísticas que reorganizam os deslaçamentos que o tema vai tendo quando só a bateria e a guitarra ocupam o espaço e definem o tempo, debatendo entre si o primeiro plano. A ideia seguida é dar valor às «primeiras impressões» e ao modo como estas influenciam a perceção com que ficamos das coisas, o que pode passar por uma descrição do que se passa no jazz quando acontece todos nos esquecermos disso. Não sabemos até que ponto o conceito influenciou o próprio acto de composição, mas o certo é que, logo depois de “Amygdala”, o “mix” de percussão e electrónica de “Ilusão” nos transporta directamente para os domínios da música contemporânea e da música experimental. Em contraste, “As Partes de Um Todo” não podia ser mais “jazzy”, aquele que swinga e faz bater o pé. O universo de João Martins é bem elástico, deixando-nos a poética esperança das linhas melódicas de “Acredita” com vontade de ouvir mais."
Bilhetes à venda (4,00€) no Teatro Diogo Bernardes e em teatrodiogobernardes.bol.pt.
Mais informações pelo telefone 258 900 414 ou pelo email teatrodb@cm-pontedelima.pt.