Balanço da Campanha de Segurança Rodoviária “Ao volante, o telemóvel pode esperar”, que decorreu de 18 e 24 de julho com o objetivo de alertar os condutores para as graves consequências do manuseamento do telemóvel durante a condução, detetou quase 14 mil infrações, das quais 775 relativas ao uso indevido do telemóvel durante a condução.
A campanha, da responsabilidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Segurança Pública (PSP) decorreu no continente e contou, uma vez mais, com a participação dos organismos e serviços das administrações regionais da Região Autónoma dos Açores e da Região Autónoma da Madeira na realização de ações de sensibilização, completando o trabalho de fiscalização que tem sido realizado pelos comandos Regionais da PSP.
No Continente foram sensibilizados 525 condutores e passageiros, a quem foram transmitidas as seguintes mensagens:
A utilização do telemóvel durante a condução aumenta em quatro vezes a probabilidade de ter um acidente e provoca um aumento no tempo de reação a situações imprevistas superior ao efeito de uma taxa de álcool no sangue de 0,8 g/l;
A distração ocorre quando duas tarefas mentais, conduzir e utilizar o telemóvel, são executadas ao mesmo tempo, o que provoca lapsos de atenção e erros de avaliação;
O uso de aparelhos eletrónicos durante a condução causa dificuldade na interpretação da sinalização e desrespeito pelas regras de cedência de passagem, designadamente em relação aos peões.
Durante as operações das Forças de Segurança, realizadas nos dias em que decorreu a campanha, foram fiscalizados presencialmente em Portugal Continental 57.146 veículos, tendo sido registado um total de 13.946 infrações, das quais 775 relativas ao uso indevido do telemóvel durante a condução.
Há a registar, ainda, um total de 2.560 acidentes, de que resultaram oito vítimas mortais, 45 feridos graves e 835 feridos leves. Relativamente ao período homólogo de 2022, verificaram-se menos 195 acidentes, menos duas vítimas mortais, menos cinco feridos graves e menos 59 feridos leves.
Os sete acidentes com vítimas mortais ocorreram nos distritos do Porto (2), Aveiro (1), Coimbra (2), Leiria (2) e Beja (1).
As oito vítimas mortais, sete das quais do sexo masculino, tinham idades entre 21 e 80 anos. Das vítimas mortais, quatro resultaram de três colisões, envolvendo quatro veículos ligeiros, um veículo pesado e um motociclo, tendo ainda ocorrido três despistes (1 veículo pesado, 1 veículo ligeiro e 1 motociclo). Verificou-se ainda um atropelamento mortal (pelo próprio veículo, um ligeiro).
Os acidentes ocorreram em duas autoestradas (A25 e A28), nos Itinerários Complementares 6 e 8, na estrada nacional 2 e em dois arruamentos (localizados em São Martinho do Porto, no distrito de Leiria e Vila Cova da Lixa, no distrito do Porto).
Comments