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Foto do escritorFernanda Pinto Fernandes

Cerveira integra projeto europeu que debate o futuro do património “dissonante”

Até dezembro de 2025, o Município de Vila Nova de Cerveira integra umas das 30 Redes de Planeamento de Ação do Programa Urbact - AR.C.H.ETHICS (Architecture, Citizenship, History and Ethics to shape Dissonant Heritage in European cities) -, cujo objetivo é colocar o património “dissonante” da União Europeia no centro da agenda de desenvolvimento local urbano, contribuindo para tornar as cidades/vilas mais atraentes e inclusivas, informou hoje a autarquia.




imagem aérea da paisagem de Vila Nova de Cerveira com o rio a ladear a vila

Assim, refere nota do Município, "o Castelo de Vila Nova de Cerveira vai ser apresentado, a nível europeu, como um caso de reflexão sobre o modo de encarar o futuro de um património que faz parte de uma comunidade, mas que acaba por servir apenas os interesses dos turistas."


A rede AR.C.H.ETHICS reúne nove municípios da União Europeia de diferentes dimensões que partilham a presença de um património dissonante desafiante e muito diversificado. Este património comum foi definido por historiadores, arquitetos e especialistas como "dissonante" por transmitir uma ligação problemática entre os elementos físicos (edifícios, ruas, praças, bairros, etc.) e o contexto histórico e político e os valores que os produziram no passado.

Cada parceiro do projeto identificou um “património desafiador” com o intuito de criar uma oportunidade para ativar laboratórios comunitários urbanos em torno do tema da identidade e valores comuns, utilizando a história como ferramenta para orientar as pessoas no presente a imaginar o futuro. "É um processo que tem muito a oferecer nos domínios da educação formal e informal, da construção da democracia e do turismo cultural sustentável", defende o Município de Vila Nova de Cerveira.

No caso de Vila Nova de Cerveira, o Castelo de Cerveira é o mote enquanto elemento central da comunidade. "Em conjunto com os principais atores da comunidade local, a proposta é a de pensar e ativar novas dinâmicas inclusivas que equilibrem a adaptação à mudança, mantendo o sentido de pertença e a utilização deste monumento nacional, articulando uma nova reutilização com os valores históricos, relacionais e as características identitárias da comunidade local", explica.

Partindo do pressuposto de que Vila Nova de Cerveira precisa de recuperar a relação social e restaurar a centralidade do Castelo na vida da comunidade “dentro e fora das muralhas”, bem como desenvolver conhecimentos holísticos sobre a gestão e reabilitação deste património fortificado, o desafio em cima da mesa é o de transformar o Castelo num espaço de participação dos jovens e da comunidade local.


Em nota de imprensa, a autarquia adianta que "Juntamente com os restantes parceiros do projeto AR.C.H.ETHICS, o Município de Vila Nova de Cerveira vai aproveitar esta oportunidade para trocar experiências, impulsionando a partilha e a capacitação para a gestão sustentável do património “dissonante”."

Além de Vila Nova de Cerveira, fazem ainda parte do projeto AR.C.H.ETHICS (Architecture, Citizenship, History and Ethics to shape Dissonant Heritage in European cities) o Município de Cesena (Itália), na qualidade de coordenador do projeto, e as cidades de Kazanlak (Bulgária), Cracóvia e Gdansk (Polónia), Bétera (Espanha), Leros (Grécia), Leipzig (Alemanha) e Permet (Albânia).





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