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Foto do escritorFernanda Pinto Fernandes

Cientistas da Universidade do Minho procuram fármaco eficaz contra a malária e a leishmaniose

22 de Outubro, 2024

Uma equipa liderada pelo Centro de Química (CQ) da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) identificou compostos ativos eficazes contra parasitas que causam malária e leishmaniose, que são das principais doenças infecciosas transmitidas por insetos. Os estudos in vivo em animais vão agora começar.



cientista num laboratório a manusear fármacos

Os cientistas encontraram já em laboratório 28 compostos ativos eficazes contra a malária e 15 contra a leishmaniose e depois otimizaram-nos. Em breve vão começar os estudos in vivo em animais, imprescindíveis para provas de eficácia e avaliação da segurança em humanos. O projeto chama-se PuryMal e é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Teve início há três anos e a descoberta do medicamento eficaz contra estas doenças pode demorar pelo menos dez anos.

 

“Encontramos compostos muito ativos no microrganismo e que não são tóxicos para as células do hospedeiro, ou seja, o ser humano”, explica a investigadora Maria Alice Carvalho. No caso da malária, esses compostos foram identificados em estirpes resistentes e não resistentes e com baixa toxicidade para serem testados em animais. “Ficamos surpreendidos com os compostos ativos que encontramos em 90 compostos analisados, pois em projetos deste tipo a probabilidade é de um em dez mil”, acrescenta a docente.

 

Estes avanços “são importantíssimos, pois uma das maiores ameaças de saúde pública é o desenvolvimento de resistência dos parasitas aos fármacos”, adianta Maria Alice Carvalho. O trabalho está a ser desenvolvido em parceria com o Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da UMinho e o Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto.

 

Há vários fármacos no mercado neste âmbito, mas têm baixa eficácia, sendo fundamental obter novos medicamentos. A leishmaniose e a malária colocam em risco cerca de 250 milhões de pessoas no mundo, sobretudo nas zonas tropicais, e provocam milhares de mortes por ano. Crianças com menos de 5 anos são o grupo mais vulnerável, representando cerca de 80% das vítimas por malária.

 

Os parasitas destas doenças são resistentes e estão em desenvolvimento, tornando os medicamentos existentes menos eficazes. “A zona de África é problemática, devido ao acesso limitado a cuidados de saúde, aos cenários de guerra e às populações a moverem-se, levando a que as doenças se espalhem de forma incontrolável”, salienta Maria Alice Carvalho.



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