Curtas-Metragens "OSO" e "MUSGO" rodadas em Montalegre vão ser apresentadas dia 4 de dezembro
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Curtas-Metragens "OSO" e "MUSGO" rodadas em Montalegre vão ser apresentadas dia 4 de dezembro



As curta-metragens Oso e Musgo, ambas rodadas no concelho de Montalegre, vão ser apresentadas publicamente no próximo dia 4 de dezembro, pelas 21 horas, no auditório municipal.


O primeiro trabalho cinematográfico surgiu após a notícia da "visita" de um urso pardo a Portugal, em maio de 2019. O segundo trata-se de uma ficção inspirada no livro Etnografia Transmontana, de Padre Fontes, que explora expressões culturais e afetivas de herança pagã em Trás-os-Montes.


«No seguimento das notícias que indicam o avistamento de um urso-pardo no Norte de Portugal, um homem dirige-se aos locais onde aquele foi avistado. O que o move é percebermos, ao longo do filme, um fascínio por ursídeos e o desejo sincero que o urso-pardo volte ao território nacional de forma consistente e sustentada depois de mais de quatro séculos de ausência», assim reza a sinopse de "Oso", do realizador Bruno Lourenço, que escolheu o concelho de Montalegre para a rodagem da curta-metragem.


Na altura das gravações, o realizador justificou a escolha do local:

"A majestosa imponência das montanhas do Parque Nacional Peneda-Gerês (PNPG) tutela a região e dá o tom. Tom complementado pelos carvalhos da Mata de Avelar ou da zona de Tourém, pela cascata do Ribeiro de Montesinho, por toda a zona da albufeira de Paradela e da barragem do Alto Rabagão ou por Pitões das Júnias. Toda esta diversidade, com a presença constante do Cávado e do Rabagão com os seus respetivos riachos e margens, ajuda a criar vários ambientes distintos plenos de mistério que enriquecerão esta narrativa ursídea. Mas uma das maiores motivações para filmar no concelho de Montalegre, é a mistura entre este impressivo elemento natural e o elemento humano. Com povoados estabelecidos há tempos imemoriais, impressiona-nos a harmonia existente entre as povoações, e os seus habitantes, e a natureza que as envolve. O trabalho com a terra e com a pecuária, em particular a raça barrosã, sem esquecer o fumeiro, estão presentes na visita do nosso protagonista, um personagem urbano que, estando muito distante dessa realidade, acha tudo isso fascinante e misterioso. A apicultura, atividade milenar da região, tem um papel central no filme através das visitas que, tanto o personagem central como o próprio urso, fazem a vários apiários. Por último importa referir o caráter simbólico de filmar esta ficção em Montalegre. Foi na Mourela, nas margens do Rio Mau, que foi abatido o último urso-pardo em território nacional, com grande probabilidade, um macho errante oriundo da colónia da Galiza ou das Astúrias. O seu cadáver foi depois transportado para Montalegre, onde ficou exposto à curiosidade pública, atraindo pessoas de todos os lugares do concelho que queriam ver, com os seus próprios olhos, o imponente animal".


Por seu lado, a curta "Musgo", de Alexandra Guimarães e Gonçalo L. Almeida, trata-se de uma docuficção inspirada no livro Etnografia Transmontana, de Padre Fontes, que explora expressões culturais e afetivas de herança pagã em Trás-os-Montes. Entre etnografia e fantasia, são exploradas tradições, geografias e rituais, desde o enigmático batismo na Misarela aos inquietantes rituais iniciáticos dos caretos. O filme é interpretado por vários residentes do município, desde crianças aos mais idosos e o próprio Padre Fontes, cujos escritos foram ponto de partida para este projeto, intervém no filme.


Padre Fontes


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