Esta sexta-feira, em cerimónia, que aconteceu nas instalações centrais da Marinha, em Lisboa, foi assinado um contrato que prevê a construção nos estaleiros navais da West Sea em Viana do Castelo, de seis novos navios de patrulha oceânicos (NPO) para a Marinha Portuguesa.
O Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), Henrique Gouveia e Melo, destacou o valor estratégico dos navios de patrulha oceânicos que serão construídos com capacidades tecnológicas avançadas e serão adicionados à frota entre 2027 e 2030.
Este será um investimento de cerca de 300 milhões de euros, previsto na Lei de Programação Militar, e é considerado imprescindível para a proteção das águas portuguesas.
Gouveia e Melo referiu que os seis novos NPO vão ter capacidades tecnológicas avançadas, incluindo um desenho modular e adaptativo que transformou o navio tipicamente de fiscalização numa unidade combatente que será útil no inventário da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e reforçará o valor militar da Marinha portuguesa no seio da Aliança.
Estes seis navios a serem construídos em Viana do Castelo vão contar com propulsão totalmente elétrica e novos sensores na área de radares e capacidade de operação de veículos autónomos, podendo desempenhar funções na guerra de minas e de vigilância anti-submarina, referiu ainda o CEMA.
O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, que marcou presença na cerimónia, garante que "hoje é um dia histórico para a engenharia portuguesa, para a indústria nacional, em particular para a construção naval e para a WestSea, para a Marinha e para Viana do Castelo.”
“Com a celebração deste contrato, assinala-se a competência histórica de Viana do Castelo na construção naval e, em simultâneo, posicionamo-nos para o futuro como o único cluster, no domínio da construção naval militar, em Portugal", assegura Luís Nobre.
O autarca agradeceu ainda "ao Governo, à Marinha e a WestSea, pelo empenho na concretização da assinatura do contrato para construção dos 6 novos navios patrulha oceânicos, NPO”s de 3ª geração".
Os navios terão ainda capacidade de transporte de pessoal e projeção de forças, a possibilidade de serem uma plataforma para lançar raides anfíbios com fuzileiros em costa aberta, sonares ativos de baixa frequência, para além de manterem as funções tradicionais de vigilância, busca e salvamento marítimos.
Na cerimónia, o Secretário de Estado da Defesa Nacional, Carlos Pires, assegurou que estes navios visam preparar a Marinha e o país para os desafios para o futuro próximo, marcado pela incerteza e imprevisibilidade.
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