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GNR e Guardia Civil juntam esforços para garantir segurança dos peregrinos do Caminho de Santiago

O Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo levou a cabo as “I Jornadas Segurança dos Caminhos Portugueses de Santiago”, esta quarta-feira, no Parque Temático do Arnado, em Ponte de Lima. O momento contou com a presença da Guardia Civil, com o objetivo de reforçar a presença dos militares nos locais mais vulneráveis à passagem dos peregrinos.




homens e mulheres posando para a fotografia

A Guarda Nacional Republicana (GNR) referiu estar “ciente da importância que o Caminho de Santiago representa”, pelo que “manterá um conjunto de atividades operacionais com o objetivo de garantir a segurança e a proteção dos peregrinos, através do patrulhamento dos caminhos.” Aquela força de segurança prevê, ainda, que “durante a época estival e com a realização da Jornada Mundial da Juventude, é expectável um aumento do número de peregrinos a percorrer os Caminhos de Santiago." Estas ações acontecem no âmbito da Operação “Bom Caminho” da GNR.


De acordo com o Tenente-coronel Paulo Gonçalves, do Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo, “As peregrinações ganharam uma nova vida nos anos 80 do século passado tendo sofrido desde então um exponencial crescimento”, pelo que “a segurança tem também de aumentar”, vaticinou. O Caminho Português e o Caminho Português da Costa são o segundo e terceiro caminhos com maior fluxo de peregrinos, imediatamente a seguir ao Caminho Francês, indicou.

militar da GNR fazendo uma apresentação com auxílio de televisão
Tenente-coronel Paulo Gonçalves - Oficial de Comunicação e Relações Públicas do Comando Territorial de Viana do Castelo

São vários os percursos que os peregrinos podem tomar para percorrer os Caminhos de Santiago: Caminho do Noroeste, Caminho do Lima, Caminho do Norte, Caminho do Porto-Celanova, Caminho da Geira Romana e o Caminho de Lamego. Assim, a GNR irá fazer um reforço do patrulhamento a partir do dia 15 de julho, decorrendo antes e após a Jornada Mundial da Juventude [Lisboa, 1-6 de agosto], prolongando-se até setembro e terminando em outubro. Este patrulhamento irá, deste modo, ocorrer nos distritos de Viseu, Vila Real, Porto, Braga e Viana do Castelo, por onde passa o Caminho Português de Santiago.

dois homens sentados a uma mesa ao ar livre, com microfone
Carlos Lago - Vereador CM Ponte de Lima e Silva Martins - Comando Territorial GNR de Viana do Castelo

pessoas comuns e militares espanhóis fardados

Em termos das principais ocorrências que as autoridades portuguesas detetam e que as “preocupam” e causam “intranquilidade” aos peregrinos destaca-se os constantes “atos exibicionistas”, que vão acontecendo ao longo dos Caminhos de Santiago. A GNR diz que tem havido queixas destas demonstrações em zonas já devidamente identificadas, entre Esposende e Viana do Castelo; a zona de Castelo do Neiva, em Foz do Neiva; e na freguesia de Labruja, em Ponte de Lima. As autoridades apelam, por isso, à denúncia destas situações, o que nem sempre acontece. Estes atos exibicionistas constituem “crime de importunação sexual”, esclareceu o Tenente-coronel Paulo Gonçalves, pelo que carecem de queixa. “Essas queixas não são efetivadas o que nos causa algum transtorno”, notou. De acordo com o militar, quanto ao perfil destes exibicionistas, são “peregrinos masculinos sobre peregrinas do sexo feminino” e os atos acontecem “em determinadas horas do dia em que não há um grande fluxo de pessoas” nos caminhos.


O objetivo destas jornadas de segurança passa, assim, por alertar peregrinos de modo que recolham o maior número de informação que ajude as autoridades a identificar estes importunadores, como descrição de características físicas; que roupa vestia; se estiver junto a um veículo, ter o cuidado de anotar a matrícula, e o local onde ocorreram esses atos. A GNR nota também alguns Ilícitos criminais como furtos de oportunidade, que acontecem normalmente em albergues, quando os peregrinos deixam bens/dinheiro ao alcance de terceiros.


Da parte espanhola, o Tenente Víctor Ahedo Rodríguez, chefe da delegação da Guardia Civil do Centro de Coordenação Policial e Aduaneira em Tui, falou da atuação da Guardia Civil nos Caminhos de Santiago, revelando que 54% dos peregrinos tem entre 30 a 60 anos; 26% tem menos de 30 anos; 18% tem mais de 60 anos, e que 95% faz o caminho a pé. A estatística revela ainda que a “evolução dos peregrinos em Espanha é brutal desde os anos 1982/84 até à atualidade”, e que nos anos Jacobeus a peregrinação aumenta. Em 2020, houve menos peregrinos a percorrer o caminho até Santiago devido à Covid-19.

militar da Guardia Civil falando no púlpito para público num jardim
Tenente Víctor Ahedo Rodríguez - Guardia Civil

Em Espanha, quase 90% do território é área de competência da Guardia Civil, e de acordo com a ordem de serviço 12/2023 emitida em março de cada ano, pela direção-geral da Guardia Civil, define como objetivos: prestar auxílio ao peregrino; garantir a presença de forças de segurança ao largo das rotas por onde decorre o caminho; incrementar os serviços de prevenção e investigação do caminho; vigiar e proteger os albergues; manter a observância de que a sinalização do caminho é correta, e promover o uso da app ALERTCOPS - uma aplicação gratuita que permite apresentar qualquer tipo de queixa e que regista o percurso do peregrino ao longo do caminho. A app facilita a comunicação entre os cidadãos e as Forças e Corpos de Segurança do Estado para denunciar uma situação criminal de que seja vítima ou testemunha, no entanto, esta aplicação só funciona em Espanha.


O Tenente Víctor Ahedo Rodríguez referiu ainda que a Guardia Civil regista como principais ocorrências nos caminhos: extravios, perda de documentação e de carteiras, e pequenos furtos.


As “I Jornadas Segurança dos Caminhos Portugueses de Santiago” são dirigidas a todos os interlocutores com os peregrinos, nomeadamente os Municípios, Turismo de Portugal, Associações Jacobeias, responsáveis pelos Albergues, entre outros.


A sessão contou com a presença do Vereador da Proteção Civil e Segurança Pública do Município de Ponte de Lima, Carlos Lago; de militares do Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo e de membros da Guardia Civil; do historiador Maranhão Peixoto, que fez um enquadramento dos Caminhos Portugueses de Santiago, apresentando uma Perspetiva Histórica; do padre e Diretor do Museu Diocesano, Christopher Sousa, que apresentou a Perspetiva Religiosa dos Caminhos Portugueses de Santiago; de representantes de albergues; presidentes de Junta e demais personalidades.

homem de meia idade discursando no palanque para um grupo de pessoas sentadas num jardim
António Maranhão Peixoto - historiador

homem de jeans e camisa branca fazendo uma apresentação
Pároco Christopher Sousa

No final, houve demonstração de meios, tanto da Guardia Civil como da GNR, empenhados na segurança dos Caminhos de Santiago.




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