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Prémio Gonçalo Ribeiro Telles entregue em Ponte de Lima a Manuela Raposo Magalhães

Ponte de Lima acolheu, ontem, pela primeira vez, a entrega do Prémio Gonçalo Ribeiro Telles para o Ambiente e Paisagem, numa cerimónia que decorreu no Auditório Municipal. A arquiteta paisagista Manuela Raposo Magalhães foi a premiada nesta quarta edição.





mulher segurando um troféu na mão e dois homens aplaudindo

A data assinala o dia de nascimento do arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles (Lisboa, 25 de maio de 1922), figura pioneira na Arquitetura Paisagista em Portugal. Recorde-se que a Assembleia da República aprovou, em setembro de 2022, a data 25 de maio para instituir o Dia Nacional dos Jardins em memória de Ribeiro Telles, falecido em novembro de 2020.


O prémio com o nome do arquiteto premeia personalidades ou entidades portuguesas que se tenham destacado nas áreas do ambiente e da paisagem com percursos de vida ligados ao serviço cívico, pretendendo homenagear a visão do professor Ribeiro Telles. Para a cerimónia de atribuição do galardão relativo à edição de 2022, o Júri deliberou, por unanimidade, que o local seria a vila de Ponte de Lima.


Esta iniciativa da Causa Real em conjunto com a família Ribeiro Telles, o Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, a Ordem dos Engenheiros, a Universidade de Évora e a Associação Portuguesa dos Arquitetos Paisagistas realiza-se desde 2020. Nesse ano, o prémio foi entregue à arquiteta paisagista e engenheira agrónoma Teresa Andersen e, em 2021, foram agraciados com o prémio o antigo vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Lisboa José Sá Fernandes e a arquiteta paisagista e professora na Universidade de Évora Aurora Carapinha.


Na terceira edição, em 2022, foram galardoados ex-aequo duas personalidades do paisagismo nacional: Alexandre Cancela d’Abreu e Fernando Santos Pessoa.


Em Ponte de Lima, a cerimónia da quarta edição contou com a presença de Pedro Quartim Graça (Presidente da Direção Nacional da Causa Real e membro do júri do prémio), da arquiteta paisagista Aurora Carapinha (Universidade de Évora) e do filho de Ribeiro Telles, Francisco Ribeiro Telles. Sua Alteza Real Dom Duarte de Bragança foi convidado de honra e iria, mais tarde, inaugurar a 18ª edição do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima.

duas mulheres e três homens sentados a uma mesa perante uma plateia
Aurora Carapinha, Pedro Quartim Graça, Vasco Ferraz, Francisco Ribeiro Telles e Manuela Raposo Magalhães

O júri deliberou atribuir o prémio à arquiteta paisagista Maria Manuela Cordes Cabêbo Sanches Raposo de Magalhães, “uma das responsáveis pelo conhecimento referente aos instrumentos de sustentabilidade ecológica essenciais ao planeamento, regulamentação e gestão da paisagem em Portugal, e que acompanhou Gonçalo Ribeiro Telles”.

pessoas sentadas a uma mesa e outra a discursar no palanque perante uma plateia
Pedro Quartim Graça

Ao longo da sua vida profissional, a galardoada acompanhou de perto Gonçalo Ribeiro Telles e, tanto como profissional liberal como no desempenho de cargos administrativos, tem dado continuidade aos seus ensinamentos, defendendo que a base de uma estrutura promotora dos múltiplos serviços de ecossistema deve atender à aptidão, capacidade e dinâmica ecológica de cada paisagem. Nesse contexto, tem contribuído para que as políticas públicas, nas cidades e na paisagem rural, sejam suportadas por uma visão sistémica das infraestruturas ecológica e cultural. Atenta aos desafios e problemáticas emergentes para a paisagem, foi pioneira em conceitos e metodologias que ao longo de décadas têm balizado intervenções em todo o território, em diversas escalas e âmbitos. O seu percurso profissional esteve sempre ligado ao mérito da sua atividade docente no Instituto Superior de Agronomia onde assumiu a responsabilidade de defender uma vertente de investigação aplicada, tendo sido fundadora da primeira unidade de investigação do país aplicada à arquitetura paisagista.


Francisco Ribeiro Telles, em representação da família, considerou “uma atribuição justíssima” do prémio a Manuela Raposo Magalhães, dizendo ainda que a galardoada “foi durante largos anos uma fiel intérprete, executora e depositária de tudo aquilo que constituiu o universo e o pensamento do meu pai, o arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles”.

homem discursando no palanque e mulher sentada a ouvir
Francisco Ribeiro Telles

Na sua intervenção, Aurora Carapinha, leu testemunhos de antigos alunos da arquiteta premiada, tendo resumido de forma muito simples o percurso desta: “Manuela Raposo Magalhães, 52 anos a aprofundar o conhecimento e a prática da arquitetura paisagista.”

mulher falando no palanque e duas pessoas ouvindo
Aurora Carapinha

Vasco Ferraz, Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima disse: “É para o Município de Ponte de Lima uma honra receber a sessão de entrega de um prémio que tem como objetivo homenagear tão destacada personalidade do país, o arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles, no dia em que se assinala o seu centésimo primeiro aniversário de nascimento. Gonçalo Ribeiro Telles inspirou e continua a inspirar profissionais ligados à arquitetura paisagista e não só”, considerou. “Este prémio é um exemplo de como o seu legado se mantém e a vencedora, a arquiteta paisagista Maria Manuela Raposo Magalhães, a quem felicito pela distinção, comprova isso mesmo. Esperemos que este prémio possa continuar a inspirar outros a seguirem o exemplo de Maria Manuela Raposo Magalhães e de Gonçalo Ribeiro Telles e que, sobretudo, os jovens, arquitetos paisagistas e profissionais da área, apresentem projetos, inovem, e colaborem com as entidades públicas na prossecução de objetivo comum: a melhoria Ambiental”, concluiu.


Maria Manuela Magalhães afirmou que receber este prémio representa “uma enorme responsabilidade para manter este objetivo - que sempre foi o da minha vida -, dar continuação aos ensinamentos que recebi, nomeadamente, do professor Ribeiro Telles, e dos outros mestres que tive a sorte de ter”. Disse ainda ter a certeza de que a influência de Gonçalo Ribeiro Telles vai continuar a perdurar no tempo, “pelas pessoas que eu conheço e pelos alunos que tenho e que estão já no bom caminho.” Considerou ainda que “a grande dificuldade é que, de facto, são ensinamentos e uma perspetiva de olhar para o mundo que não tem sido, de todo, reconhecida.” Deixou alguns exemplos do que deve ser feito, nomeadamente, em relação à questão da água, dizendo que se deve promover a infiltração desta, pois é no subsolo que as perdas são menores e a qualidade é maior; os incêndios rurais, a proteção do solo e a conservação da natureza. Concluiu, deixando um recado ao Governo: “É preciso que o Governo perceba que tem que ser delimitada uma infraestrutura ecológica para este país, em terra e no mar, que esteja na base de todo o planeamento.”

duas mulheres e três homens sorrindo para a foto
Da esquerda para a direita: Pedro Quartim Graça, Aurora Carapinha, Manuela Raposo Magalhães, Vasco Ferraz, Francisco Ribeiro Telles

O troféu entregue tem forma de árvore e é da autoria do escultor Luís Cruz.




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