O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esteve ontem em Viana do Castelo e considerou que “o Minho é um poder económico na sociedade portuguesa, por causa dos que estão a investir, a lançar, a trabalhar nas empresas e por causa de todos aqueles que os apoiam”, deixando palavras de incentivo e elogio ao dinamismo dos empresários locais.
No debate “Estado da Arte – O Minho no Portugal de Amanhã”, que aconteceu no Forte Santiago da Barra, reunindo empresários, políticos e diversos agentes para assinalar o 2.º aniversário da AEMinho – Associação Empresarial do Minho, o Presidente da República indicou que “não é preciso sermos génios para perceber que aquilo em que somos únicos, em que sempre fomos bons e que nos diferencia, é em estabelecer uma plataforma entre terra e mar”.
A mesma ideia foi defendida pelo Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, que destacou a aposta que tem sido feita pelo município vianense na economia do mar, geradora de “oportunidades que vão produzir uma revolução industrial”, trabalhando com agentes já instalados no território e com outros que queiram instalar-se no município.
A sessão contou ainda com a presença da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, do Presidente da AEMinho, Ricardo Costa, com o Presidente da Confederação Empresarial de Portugal, Armindo Monteiro, entre muitos outros.
Antes, o Presidente da República, a Ministra da Coesão Territorial e o Presidente da Câmara de Viana do Castelo inauguraram uma escultura com cerca de cinco metros de altura de homenagem aos trabalhadores do Minho, da autoria do vianense Acácio Viegas, instalada junto ao Centro Cultural de Viana do Castelo.
É uma das duas esculturas gémeas inauguradas esta sexta-feira, do mesmo autor, em Viana do Castelo e em Braga, a convite da Associação Empresarial do Minho, para assinalar este segundo aniversário.
Na inauguração, o Presidente da AEMinho afirmou que “esta obra de arte representa a coesão territorial” que une os 24 municípios de Viana do Castelo e Braga. Já o autarca vianense destacou o facto de, em apenas dois anos de associação, ter sido já possível “aprofundar a coesão com entidades públicas e privadas e com os empresários”.
No momento, a Ministra da Coesão Territorial elogiou a homenagem aos trabalhadores do Minho “com duas esculturas gémeas, em Viana do Castelo e Braga, que corporizam o espírito em rede e de parceria que uma associação deve assumir”. Numa visita surpresa ao local, o Presidente da República considerou que a escultura “liga o abstrato e o figurativo, o passado e o futuro”.
As duas esculturas são formadas por uma peça central de cinco metros de altura, construída com quatro elementos verticais principais em aço, pequenos elementos cerâmicos e painéis de vidro. Incluem ainda uma segunda peça construída também em aço, das mesmas características da peça central, que permite, pelo seu desenho e escala, a interação com o observador, que é convidado a sentar-se na peça e a refletir ou meditar sobre o significado de 'trabalho', provocado pelos estímulos visuais da peça central, descreveu Acácio Viegas, autor das obras de arte.
“As esculturas são formadas por uma peça vertical que dá a ideia de uma árvore e das suas raízes, mas também com as cores das diferentes estações. Entre a peça de Braga e de Viana do Castelo, a diferença está na cor de um dos elementos. No caso de Braga, verde, aludindo à terra, em Viana do Castelo está o azul do mar. No cimo, a ponta é iluminada e representa a espiritualidade e as celebrações com o divino. Já os seus braços dignificam a força dos trabalhadores”. “Ao mesmo tempo – acrescentou o autor –, as peças fazem alusão à dimensão de um Minho unido numa visão de estratégia para a região”. As esculturas “representam o passado”, mas permitem também “projetar o futuro, ou se quisermos, permitir que ele aconteça”, salientou também Acácio Viegas.
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