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Foto do escritorFernanda Pinto Fernandes

Risco de morte mais do que duplica em doentes oncológicos não vacinados contra a gripe e a Covid-19



Por opção ou desconhecimento, muitos doentes não reconhecem na vacinação uma forma de diminuir a gravidade de algumas infeções. É preciso informar e desfazer mitos, alerta Telma Costa, da Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO).

A vacinação é uma das formas de diminuir a gravidade de infeções que podem surgir devido à imunossupressão provocada pela doença oncológica. Numa altura em que se aproxima mais um inverno, Telma Costa, membro da direção da Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) e médica oncologista do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E), alerta para a necessidade de reforçar a sensibilização junto da população e dos profissionais de saúde.

“O risco de doença, hospitalização e morte pelo vírus da gripe são muito superiores na pessoa com doença oncológica, principalmente naqueles que estão em tratamento de quimioterapia ou que apresentam neoplasias hematológicas, pulmonares ou com doença avançada. O mesmo se observa com a infeção por SARS-CoV-2, em que o risco de morte por COVID19 nestes grupos de doentes pode ser até quatro vezes superior à da população geral”, sublinha Telma Costa.


Por outro lado, lembra que a infeção, principalmente quando apresenta critérios de gravidade, com necessidade de internamento ou outras complicações associadas, pode, por si só, ter um impacto no prognóstico da doença oncológica, ao atrasar ciclos de quimioterapia ou até mesmo cirurgias. “Não faz sentido apostar apenas em tratamentos que nos permitem curar a doença oncológica, sem apostar nos melhores cuidados de suporte, e na vacinação, enquanto meio de prevenção de infeções graves, que deve ser sempre considerada quando estabelecemos um plano de cuidados para o nosso doente”.

O alerta surge no âmbito de uma campanha de sensibilização para a vacinação da AICSO e da Direção-geral da Saúde, em parceria com diversas associações e sociedades profissionais na área da Saúde*. O objetivo é levar as pessoas com diagnóstico de cancro a questionarem as suas equipas de saúde sobre a vacinação e, em simultâneo, incentivar essas equipas a estarem mais atentas a esta temática e a disponibilizarem informação fidedigna sobre a vacinação aos doentes e seus cuidadores.

Na campanha, que vai prolongar-se até à Semana Mundial da Vacinação, que se assinala todos os anos em abril, estão previstas ações de sensibilização e informação sobre a importância, indicações e contraindicações de diferentes vacinas na pessoa com doença oncológica, bem como sobre a vacina contra o HPV, o vírus da hepatite B, a vacinação de viajantes e migrantes, entre outros temas.


*Associações e sociedades médicas parceiras:

Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANMSP)

Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar(APMGF)

Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa(AEOP)

Sociedade Portuguesa de Enfermagem Oncológica (SPEO)

Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Familiar(SPESF)

Sociedade Portuguesa de Doenças Infeciosas e Microbiologia Clínica (SPDIMC)

Sociedade Portuguesa de Hematologia(SPH)

Sociedade Portuguesa de Medicina do Viajante (SPMV)

Sociedade Portuguesa de Oncologia(SPO)


AICSO  

A Associação de Investigação e Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) é uma associação portuguesa sem fins lucrativos de interesse público fundada em 2001. Dedica-se à investigação, implementação e qualificação profissional em cuidados de suporte baseados em evidência em Oncologia. A AICSO promove informações ao público e eventos públicos para aumentar a consciencialização sobre o atendimento interdisciplinar centrado no paciente de pessoas que vivem com e para além do cancro.  




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