UMinho Reforça Liderança em Ciência Aberta com Nova Política | Peneda Gerês TV

11 de junho, 2025.

A Universidade do Minho (UMinho) acaba de dar um passo significativo no panorama da investigação científica, ao aprovar uma nova Política de Ciência Aberta. Esta iniciativa estabelece um conjunto de orientações atualizadas que visam potenciar a abertura, transparência e qualidade da investigação, consolidando o seu papel pioneiro na partilha do conhecimento em Portugal e na lusofonia

Nova Política de Ciência Aberta da Universidade do Minho

Um Compromisso com a Abertura e o Reconhecimento Científico

A recém-aprovada Política de Ciência Aberta da Universidade do Minho surge como um pilar fundamental para o reforço do sistema científico nacional e para um maior reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos investigadores junto da sociedade. As novas diretrizes valorizam a reprodutibilidade, credibilidade, eficiência e qualidade da investigação, alinhando-se com as melhores práticas internacionais e com as orientações de entidades de referência na área.

Pioneirismo e Alinhamento Internacional

A UMinho não é uma novidade no campo do acesso aberto. A instituição destaca-se por ter sido pioneira na lusofonia com o lançamento do RepositóriUM em 2003, o primeiro repositório institucional. O seu compromisso estende-se a uma política de autoarquivo da produção científica desde 2005 e à criação do DataRepositóriUM em 2020, dedicado aos dados de investigação.

Além disso, a Universidade do Minho desempenha um papel ativo na coordenação de projetos cruciais como o Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) e o Repositório Científico da CPLP. É também cofundadora de organizações internacionais de renome como a COAR, OpenAIRE AMKE e CoARA, e subscreve declarações de relevância global como a DORA e a de Barcelona, demonstrando o seu profundo alinhamento com a agenda internacional da ciência aberta.

Âmbito e Implicações da Nova Política

A nova política da UMinho (Despacho RT-91/2025) integra-se de forma coesa com as orientações de ciência aberta da UNESCO, União Europeia, Associação Europeia de Universidades, Aliança Europeia Arqus e Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Este documento é um compromisso do Plano de Ação 2021/2025 da academia e interliga-se com o seu Código de Conduta Ética, Política de Privacidade, Política de Proteção de Dados e Regulamento de Propriedade Intelectual, garantindo uma abordagem holística e integrada.

Entre os aspetos mais relevantes do documento agora publicado, destacam-se:

• O acesso aberto a dados de investigação, recursos educativos abertos, ciência cidadã, código aberto e práticas de inovação aberta.

• O reforço do alinhamento com financiadores públicos nacionais e internacionais.

• O depósito obrigatório de publicações no RepositóriUM, incluindo livros e capítulos de livros, com a possibilidade de períodos de embargo.

• O uso de licenças abertas normalizadas.

• Orientações claras para a gestão, depósito e abertura de dados científicos, seguindo os princípios FAIR (Findable, Accessible, Interoperable, Reusable).

• A valorização de princípios de avaliação da investigação e dos cientistas que promovam a diversidade de práticas de ciência aberta e contrariem o uso inadequado de métricas.

  
  

Com esta nova Política de Ciência Aberta, a Universidade do Minho reitera o seu compromisso com a excelência científica, a transparência e a partilha do conhecimento, consolidando a sua posição como um dos grandes motores da inovação e da investigação em Portugal.