Viana do Castelo quer acolher Centro Interpretativo da História do Eixo Atlântico
- Jorge Costa
- 22 de fev.
- 3 min de leitura
22 de fevereiro, 2025.
O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, propôs a criação de um Centro Interpretativo da História do Eixo Atlântico na cidade, com o objetivo de preservar a memória e projetar o futuro da associação.

Viana do Castelo, cidade de referência na história do Eixo Atlântico, quer acolher o Centro Interpretativo da História do Eixo Atlântico. A proposta foi avançada pelo Presidente da Câmara Municipal, Luís Nobre, durante a XXXIII Assembleia Geral da associação, que decorreu na Pousada de Santa Luzia, em Viana do Castelo.

Luís Nobre, que também preside o Eixo Atlântico, defende que a cidade, que "marca a história do Eixo Atlântico", é o local ideal para acolher este espaço. "A assembleia de constituição aconteceu na nossa cidade, tivemos cá grandes momentos de reivindicação que marcaram a história do Eixo Atlântico e, nesse sentido, acho que é lógico que assim se concretize", afirmou o autarca.
A proposta foi muito bem recebida pelos 40 autarcas de cidades e deputações que compõem a associação. O objetivo do Centro Interpretativo será "perpetuar, preservar e projetar a memória e a história do Eixo Atlântico", explicou Luís Nobre, sugerindo que o espaço acolha, por exemplo, as obras vencedoras das Bienais de Pintura do Eixo Atlântico.
O secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoán Vázquez Mao, aplaudiu a iniciativa, considerando-a um "exemplo do que é a Europa da cooperação".
A XXXIII Assembleia Geral do Eixo Atlântico aprovou ainda a adesão de dois novos municípios - Betanzos e Vilalba -, o orçamento de 5.090.000 € para 2025 e o programa de ação política para os próximos anos, estruturado em torno de três eixos: económico, desenvolvimento social e sustentabilidade urbana.
No âmbito económico, destaque para a aposta no turismo sustentável, com novos conceitos como o turismo de autor e o turismo policêntrico, e para o reforço do enoturismo e do termalismo. A Expocidades, feira que se realizará em Sarria em maio, será o evento turístico de maior participação.
Na área social, serão desenvolvidos projetos de inovação transformadora coesiva e de combate ao desafio demográfico no eixo interior Lugo-Ourense-Nordeste Transmontano. O desporto adaptado terá maior atenção, com a organização do Torneio de Boccia DI e do basquetebol em cadeira de rodas em 2025.
O Eixo Atlântico continuará a promover os intercâmbios escolares, a XV Bienal de Pintura e a VIII Capital da Cultura do Eixo Atlântico, que foi inaugurada recentemente em Viana do Castelo.
No que diz respeito à sustentabilidade urbana, serão realizados progressos no Plano de Descarbonização e será lançada uma nova estratégia transversal sob o conceito de "mudança de hábitos", em sintonia com a Comissão Europeia. A Nova Bauhaus Europeia será também promovida nas cidades do Eixo Atlântico, com o objetivo de criar ambientes urbanos mais inclusivos, sociais, verdes e acessíveis.
A Assembleia Geral aprovou ainda uma estratégia de internacionalização que inclui a cooperação com Cuba, Argentina, Brasil, Uruguai, Cabo Verde e México.
Na parte de debate político, foi apresentado o relatório "As cidades perante os novos desafios: notas para reflexão", que oferece uma análise da situação económica, demográfica e do comportamento populacional das cidades da Galiza e do Norte de Portugal em 2023.
Com a criação do Centro Interpretativo da História do Eixo Atlântico, Viana do Castelo reforça o seu papel de capital da cooperação transfronteiriça e de promotora do desenvolvimento regional.
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