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Foto do escritorFernanda Pinto Fernandes

"25 de Abril de 1974, Quinta-feira" no Ler Cinema em Paredes de Coura

2 de Maio, 2024

“25 de Abril de 1974, Quinta-feira” é o filme que esta noite, pelas 21h30, vai ser projetado no Centro Cultural de Paredes de Coura no âmbito do Ler Cinema. O evento vai contar com a presença de Alfredo Cunha, para nos ajudar a contextualizar todas aquelas imagens captadas pelo fotógrafo há 50 anos e que marcam a história do Portugal contemporâneo.




militar olhando de frente com ar apático

No âmbito da programação que o Município de paredes de Coura desenhou para assinalar os 50 anos do 25 de Abril, o filme “25 de Abril de 1974, Quinta-feira” é mais uma das muitas propostas que se estendem até final do ano. Musicado por Rodrigo Leão, “25 de Abril de 1974, Quinta-feira” traz-nos a revolução nos seus principais cenários, fotografada por Alfredo Cunha que captou imagens icónicas que perduram até hoje associadas ao acontecimento que mudou a história do nosso país.


Complementarmente, será lançado o livro “25 de Abril de 1974, Quinta-feira”, numa edição Tinta-da-china, com fotografia e coordenação de Alfredo Cunha, textos de Carlos Matos Gomes, Adelino Gomes e Fernando Rosas, e gravuras de Alexandre Farto/Vhils, seguindo-se visita guiada à exposição no Centro Cultural, que tem também uma extensão no espaço público, no Largo Visconde de Mozelos, junto aos Paços do Concelho.


25 de Abril de 1974, Quinta-feira

No dia 25 de Abril de 1974 (uma quinta-feira, tal como aconteceu este ano de 2024), Alfredo Cunha estava em Lisboa e fotografou a revolução nos seus principais cenários, captando imagens icónicas que perduram até hoje associadas ao acontecimento que mudou a História de Portugal.


Fruto do vosso ventre [curta-metragem]

Um filho descobre as antigas cassetes 8mm do seu pai. E, pela primeira vez, vê filmagens anteriores ao seu nascimento, da sua infância e adolescência. Ao vê-las, volta à casa onde cresceu, e começa uma investigação sobre os seus pais, para tentar compreender o trauma que viveu durante toda a sua vida.


Revolução (sem) Sangue

No fim de semana, sábado e domingo, pelas 15h00 e 22h00, o Centro Cultural apresenta-nos o drama/histórico “Revolução (sem) sangue”, dirigido por Rui Pedro Sousa.

Até ao dia da Revolução dos Cravos, o histórico 25 de Abril de 1974, os portugueses foram forçados a seguir as regras da ditadura. Mas nesse dia, o regime ditatorial do Estado Novo vigente desde 1933, foi deposto e a história do país entrou num novo capítulo. O golpe foi preparado pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) composto, na sua maioria, por capitães que tinham participado na Guerra Colonial, com o apoio de oficiais milicianos e uma enorme adesão da população, que se recusou a ficar em casa. Como a resistência do regime foi quase nula, a violência foi pouco significativa. Mas, apesar de pouco se falar nisso, a liberdade custou a vida a cinco pessoas - entre as quais um soldado, um estudante universitário e um funcionário administrativo - surpreendidas pelas balas da DGS (a polícia política criada, em 1969, para substituir a PIDE), durante o cerco ao seu quartel-general. Com realização de Rui Pedro Sousa, que coescreve o argumento com Amp Rodriguez, o enredo deste filme tem por base factos reais e segue os passos das vítimas entre os dias 24 e 26 de Abril de 1974, com o arranque da Revolução até à data dos seus funerais.




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