Caloiros do IPVC vãos ser acolhidos por academias de Líderes Ubuntu
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Caloiros do IPVC vãos ser acolhidos por academias de Líderes Ubuntu


A Semana de Integração e de Acolhimento aos novos alunos no início do próximo ano letivo será a primeira atividade a ser desenvolvida pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) no âmbito da Academia de Líderes Ubuntu, implementada pelo Instituto Padre António Vieira (IPAV).



A Academia de Líderes Ubuntu é um projeto de educação não-formal orientado para a capacitação de jovens com elevado potencial de liderança, provenientes de meios desafiantes ou que neles queiram trabalhar. “Este ano queremos ir mais longe e há uma grande aposta numa intervenção integrada, sendo que esta ferramenta pode apoiar vários dos projetos que já estão a ser implementados no Politécnico de Viana do Castelo”, garantiu Rui Marques do IPAV, que apresentou ontem a Academia de Líderes Ubuntu na Escola Superior de Educação (ESE) do IPVC. Acreditando que “será um grande desafio”, Rui Marques mostrou-se “entusiasmado” por “fazer este caminho com o IPVC”, apostando-se num método que está implementado em Portugal há 10 anos e tem por base a ética do cuidado, a liderança servidora e o construir pontes.

O Instituto Politécnico de Viana do Castelo lança o repto a alunos finalistas, docentes e técnicos para participarem na Academia de Líderes Ubuntu, sendo que está já marcado para os dias 1 e 2 de setembro uma formação em formato on-line, seguindo-se dois dias de formação presencial com componente teórico-prática. Os participantes que vão fazer a formação vão gerir a Semana de Integração e de Acolhimento aos novos estudantes do IPVC ao longo de cinco dias. Esta Semana Ubuntu será replicada por cada uma das seis escolas do Politécnico de Viana do Castelo, reforçando as dinâmicas existentes na Semana de Integração e de Acolhimento aos novos alunos. Cada participante na Semana Ubuntu recebe ao quarto dia, num ato simbólico, uma t-shirt com o código da academia, que foi o número de prisioneiro de Nelson Mandela (466/64).


A Academia de Líderes Ubuntu surge no âmbito do BAITS – Business, Art, Innovation, Technology, Sustainability, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e vai complementar projetos já existentes no Politécnico de Viana do Castelo. Trata-se, portanto, de um modelo de valorização de competências e promoção da empregabilidade dos estudantes do IPVC, que vai reforçar projetos e dinâmicas como o INPEC+, a Eco-escolas, a Mentoria de pares cooperantes, o Voluntariado, a Escola Inclusiva, o Gabinete de Emprego, a Capacitação, a Escola Inclusiva e o Team Building.


CAPACITAR JOVENS ENQUANTO AGENTES DE TRANSFORMAÇÃO AO SERVIÇO DAS COMUNIDADES


A palavra “Ubuntu” é uma combinação de dois termos: “Ntu” que significa pessoa e “Ubu” que significa tornar-se. “Esta filosofia revela uma centralidade na pessoa na sua singularidade e, simultaneamente, propõe um caminho que cada um é chamado a fazer: tornar-se pessoa”, explicou Rui Marques, evidenciando que a filosofia Ubuntu acredita que nos tornamos mais pessoas na relação com o outro.


Este caminho, profundamente relacional, que se inicia no “eu” e se completa no “nós”, inspirou os promotores da Academia de Líderes Ubuntu a propor uma interpretação, possível de ser concretizada num método que possa ajudar cada um a descobrir-se como líder Ubuntu. Assim, o método proposto passa pelo aprofundamento do conhecimento de si e das suas capacidades e forças.

O método Ubuntu aposta, continuou Rui Marques, no desenvolvimento de cinco competências centrais, que trabalham o Autoconhecimento, a Autoconfiança, a Resiliência, a Empatia e o Serviço. “Embora se dê especial enfoque às cinco competências referidas, a Academia de Líderes Ubuntu é um espaço onde se privilegia a aprendizagem e o desenvolvimento integral dos participantes, promovendo outras competências como o trabalho de equipa, o pensamento crítico e autorreflexivo, a comunicação, a resolução de problemas, entre outras”, referiu.


Capacitar jovens enquanto agentes de transformação ao serviço das comunidades; capacitar educadores que ajudem a disseminar o método Ubuntu; promover o diálogo entre as comunidades para a promoção da paz e a construção da justiça e desenvolver uma ética do cuidado, focada na empatia, atenção e responsabilidade, considerando três dimensões (eu, eu-outro, eu-mundo) são os principais objetivos da Academia de Líderes Ubuntu.


A Academia de Líderes Ubuntu atribui também grande relevância à aprendizagem por modelos de referência. “Acreditamos no poder que um exemplo de vida pode ter e na inspiração que uma história contada na primeira pessoa pode proporcionar. É com a convicção de que os testemunhos de vida são importantes veículos de inspiração, que a Academia aposta entusiasticamente neste recurso”, justificou ainda Rui Marques.


A aprendizagem do método faz-se por isso através da inspiração de modelos de referência. “Temos os Líderes Ubuntu (Nelson Mandela; Martin Luther King; Malala; Madre Teresa de Calcutá; Desmond Tutu; Mahatma Gandhi) e através de filmes, documentários ou testemunhos promove-se o conhecimento da vida de líderes de projeção mundial que, nos seus contextos, foram exemplo concreto da aplicabilidade da filosofia Ubuntu e dos princípios da Liderança Servidora”, sublinhou. Já os Líderes Comunitários têm um papel fundamental. “Ao partilharem as suas histórias de vida demonstram como é possível ser veículo de mudança mesmo em contextos difíceis e exigentes. O testemunho destes convidados é, habitualmente, um dos momentos mais impactantes do processo formativo”, assegurou. Por último, através do personal storytelling e de dinâmicas de reflexão, trabalha-se em cada participante a consciência de que “o seu próprio caminho pode ser uma importante fonte de inspiração para os outros”.




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