3 de Julho, 2024
Assinado o compromisso entre a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-Norte) e a Xunta da Galiza para garantir que não há motivos para comprometer a passagem da linha de alta velocidade (TGV) e para que esta entre em funcionamento em 2032, a Confederação Empresarial do Minho (CONFMINHO), felicita o compromisso e espera que os prazos sejam cumpridos.

O salão central da antiga Alfândega de Valença foi o palco para este ato simbólico e estratégico, das forças vivas do Norte de Portugal e da Galiza, na defesa de uma infraestrutura considerada vital para todo o eixo atlântico peninsular.
O Presidente da Xunta de Galicia, Alfonso Rueda, o Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte- CCDRNorte, Carlos Cunha e mais de 50 entidades da eurorregião marcaram presença na defesa da declaração conjunta “Ligação de Alta Velocidade Galiza – Norte de Portugal: Uma Prioridade”, ontem, 2 de julho, em Valença.
Também presente na sessão, o presidente da CONFMINHO e da CEVAL, Luís Ceia, afirma que esta já “é uma ambição antiga” e que a passagem do TGV pelo Alto Minho, ligando o Norte de Portugal e a Galiza, só pode ser vista com “bons olhos”. “A CEVAL, enquanto associação integrada na CONFMINHO, agiu para que houvesse a melhoria da linha do Minho, com a eletrificação desta ligação de forma a garantir que o percurso entre o Porto e Vigo fosse feito de uma forma mais rápida e cómoda, através do comboio Celta, mas nunca nos conformamos só com esta melhoria. O nosso território merece muito mais e
aqui as empresas fazem um esforço dobrado para conseguirem manter-se ativas, terem bons resultados e também contribuírem para um país mais competitivo e capaz. O TGV é uma forma de potenciar a mobilidade entre estas regiões, entre os dois países, e contribuir mais facilmente para fixar população, atrair investimento e também atrair talento para o território”, defende Luís Ceia, citado em comunicado.
Com este compromisso, as entidades e autarquias dos dois lados da fronteira esperam “pressionar” para que os prazos sejam cumpridos e não haja atrasos nas obras que remetam para além de 2032 a entrada em funcionamento da ligação de alta velocidade.
“O Governo português tem agora nas mãos a possibilidade de dar forma a este projeto que tem vindo a ser adiado há décadas, tal como o contributo do Governo espanhol é fundamental para o sucesso desta obra de grande envergadura. Não podemos deixar que caia no esquecimento mais uma vez, e não podemos deixar que haja atrasos circunstanciais que limitem a execução do projeto”, afirma o presidente da CONFMINHO.
A Vice-Presidente da Câmara Municipal de Valença, Ana Paula Xavier, abriu a sessão, deu as boas-vindas e fez a primeira defesa de uma infra-estrutura muito desejada e vital para a dinâmica de Valença e de todo este território transfronteiriço.
Para o Presidente da Xunta de Galicia, Alfonso Rueda, "a ligação de Alta Velocidade de Vigo ao Porto e a Lisboa é uma infraestrutura à altura da aproximação dos nossos povos, uma realidade que não pode ter volta atrás, um esforço conjunto vertebral para Portugal e a Galiza."
O Presidente da CCDR-Norte, Carlos Cunha, relembrou que o espaço da antiga Alfândega de Valença nos confronta com a história e o futuro dos dois povos. Carlos Cunha considera a Alta Velocidade um projeto vertebrador com um impacto estruturante em todo o Noroeste Peninsular.
Todas as entidades presentes foram unânimes na defesa da declaração conjunta da priorização da ligação ferroviária de alta velocidade Lisboa-Porto-Vigo, com paragem em Valença, bem como na necessidade urgente de reforçar/melhorar as atuais ligações ferroviárias internacionais, sobretudo, o emblemático comboio Celta.
O evento foi organizado pela CCDR-Norte e pela Xunta de Galicia e contou com o apoio do Município de Valença.
Foto: Município de Valença
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