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Foto do escritorFernanda Pinto Fernandes

Paredes de Coura assinala Dia do Concelho, a 10 de agosto, com homenagem aos "filhos da terra"

O Dia do Concelho em Paredes de Coura é assinalado esta quinta-feira, 10 de agosto, com uma cerimónia evocativa que vai decorrer pelas 16h00 no Salão Nobre dos Paços do Concelho e da qual consta também, à semelhança de outros anos, da entrega de medalhas a associações e alguns dos mais notáveis filhos da terra.




edifício vermelho da Câmara Municipal num largo com floreiras

"O Dia do Concelho tem enorme simbolismo para Paredes de Coura, pois coincide com o dia em que os courenses recordam os Combates de Travanca, quando em 1662 rechaçaram o exército castelhano e demonstraram fidelidade a D. João IV. Uma data com que Paredes de Coura também manifesta todo o seu apreço e reconhecimento públicos perante alguns dos mais notáveis filhos da terra e associações que tanto têm dado à comunidade", salienta o Município.


Este Dia do Concelho completa-se com a inauguração pelas 17h30, no Centro Cultural, da exposição de um dos mais importantes nomes das artes plásticas, com a obra gráfica de Maria Helena Vieira da Silva, “Três janelas sobre um jardim”, da Fundação Arpas Szenes–Vieira da Silva. A exposição estará patente no Centro Cultural até 15 de outubro.

tela com três quadros da artista Vieira da Silva

À noite, como habitualmente e integrada no programa das Festas do Concelho, há a tradicional Noite de Fados com Sara Correia, no adro da Capela do Espírito Santo, a partir das 22h00.


Sobre a artista Vieira da Silva

Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992) nasce em Lisboa. Estuda desenho, pintura e escultura em Lisboa e, em 1928, parte para Paris para frequentar aulas de escultura e de pintura em várias academias.

Em 1930 casa com o pintor Arpad Szenes (1897-1985), de origem húngara, e perde a nacionalidade portuguesa. Pintora de temas essencialmente urbanos, revela desde muito cedo preocupação com a expressão do espaço e da profundidade. Em 1932 conhece a galerista Jeanne Bucher, que desempenha um papel decisivo na sua carreira.

A ameaça da II Grande Guerra traz o casal a Lisboa, mas é-lhes recusado o pedido para obter a nacionalidade portuguesa, o que os leva a partir para o Brasil, onde vivem entre 1940 e 1947. A década de 50 traz a Vieira da Silva inúmeras exposições importantes, em França e no estrangeiro (Estocolmo 1950, Londres 1952, São Paulo 1953, Basileia e Veneza 1954, Caracas 1955, Londres 1957, Cassel 1959, entre outras).

Em 1956, Arpad Szenes e Vieira da Silva naturalizam-se franceses. O Estado francês adquire obras suas a partir de 1948 e atribui-lhe várias condecorações, a primeira em 1960. Vieira da Silva acumula vários prémios internacionais e, a partir de 1958, organizam-se retrospetivas da sua obra por toda a Europa. Em Portugal, a Fundação Calouste Gulbenkian mostra a sua obra em 1970. Em 1983, o Metropolitano de Lisboa propõe-lhe a decoração da estação da Cidade Universitária. Em 1990, em Lisboa, é criada a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva cujo Museu, dedicado à obra dos dois pintores, abre ao público em 1994.




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