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Sagrado e profano juntam-se para celebrar o Corpo de Deus - Coca de Monção

De 7 a 11 de junho, Monção transforma-se em "Vila Dragão" para celebrar o Corpo de Deus – Coca de Monção, um evento cultural com raízes profundas no concelho.





ilustração com cavaleiro lutando com espada contra um dragão, em tons vivos de vermelho e verde

"A confluência entre o sagrado e o profano gera, por si só, sensações e imagens indescritíveis. Fazer parte desse “cruzamento”, torna-nos testemunhas e guardiões de momentos belos. Ouvir, sentir e partilhar cada um deles, envolve-nos de corpo, alma e coração, fazendo de nós parte de um todo, fazendo de nós Monção", descreve a autarquia numa nota de imprensa, acrescentando que o programa da festa do Corpo de Deus - Coca de Monção está a ser ultimado, "um evento cultural com raízes profundas no concelho, onde valorizamos a etnografia popular e afirmamos a identidade coletiva do nosso povo, do nosso território", frisa.


Monção acompanhou a celebração do Corpo de Deus, ao longo dos séculos, mantendo todo o esplendor religioso próprio de uma grande festa. A procissão, onde tomam parte todas as cruzes e pendões das paróquias que formam o Arciprestado de Monção, é reveladora da devoção e fé da população local, sendo muito participada e respeitada por todos.

cortejo com fantasia de dragão, e um cavaleiro a lutar com espada
Imagem dos festejos em tempos idos

No combate entre S. Jorge, padroeiro do reino e que simboliza o bem, e a Coca, dragão que simboliza o mal, o povo anima-se com as investidas e peripécias de ambos. São Jorge vence se cortar uma orelha e introduzir a lança, por duas vezes, nas goelas da Coca. Reza a história que, em caso de vitória do cavaleiro, haverá uma boa colheita de vinho Alvarinho. Se, por outro lado, ganhar a Coca, os tempos serão adversos e difíceis.


O programa inclui, ainda, Eucaristia e Procissão Solene, Momento da Celebração com Espumante de Alvarinho e Cordeiro à Moda de Monção, e Cortejo Etnográfico das Freguesias, onde desfilam, pelas ruas do casco urbano, algumas vivências de ruralidade como a prática da pastorícia, o trabalho do granito, as vindimas, a malhada do centeio, a fiada e a desfolhada. A gastronomia do concelho também marca presença com o fumeiro, os enchidos, o mel, a broa de milho, e as roscas e papudos.


Coca de Monção, A Lenda

Era uma vez, um jovem moço de gentil disposição e de grandes forças, que nasceu de pais novos e ricos, lá para os lados do oriente, e a quem deram o nome de Jorge.

Desde novo se dedicou às armas, tendo servido o imperador Diocleniano, no seu exército. O grande valor e coragem, que demonstrava nas batalhas, fizeram-no ser estimado por todos os companheiros, que o nomearam seu tribuno e mestre de campo. Mas o imperador que servia moveu uma impiedosa perseguição aos cristãos, o que levou o valente guerreiro a descobrir a força que levava aquela gente a preferir a morte a negar o seu Deus. Converteu-se a Cristo e jurou servir a sua vontade, dando proteção e auxílio aos que dele necessitavam.

Andava um dia S. Jorge, nas terras da Líbia, quando escutou um grito horrendo e desesperado. Acorreu o jovem guerreiro àquele apelo de ajuda. Quando chegou junto do local, de onde viera o grito, deparou-se com um terrível animal e uma jovem donzela. Era esse monstro, um enorme dragão que tentava devorar a jovem. S. Jorge não hesitou um segundo e, avançando de lança em punho, feriu de morte a fera assassina.

Perante tal ato de bravura, a jovem, que S. Jorge viria a saber tratar-se de uma princesa, filha do rei da Líbia, impressionada pela heroicidade do cavaleiro, descobre a fé do santo, vindo, também, a converter-se a Cristo. Muitos foram, ainda, os feitos deste santo guerreiro, desejoso de vencer o mal e fazer reinar o bem.

Por esta razão, o povo de Monção celebra a vitória de S. Jorge sobre a Coca, no dia da sua maior festa, a festa do Corpo de Deus. Assim, celebram a luta contra o mal e o triunfo do bem.




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