Classificada como Património Cultural Imaterial desde setembro de 2021, a Festa das Rosas de Vila Franca do Lima regressa, nos dias 6, 7, 8 e 9 de maio, tendo como mote “Unidas na tradição e pela tradição”.
O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, marcou presença na cerimónia de apresentação do cartaz da Festa das Rosas de Vila Franca do Lima. No ano em que se assinalam os 400 anos da Confraria de Nossa Senhora do Rosário, fundada em 1622 por frades dominicanos, o edil destaca a capacidade mobilizadora para esta romaria, que é uma das mais tradicionais do concelho.
A classificação da Festa como Património Cultural Imaterial surgiu na sequência de um pedido formulado pela Junta de Freguesia de Vila Franca, apoiado pela Câmara Municipal. Em março do ano passado, o executivo camarário aprovara, por unanimidade, um parecer positivo, "manifestando a total concordância" a este registo por "visar a proteção legal de todo o simbolismo e expressão cultural que as festas representam no plano local e nacional".
O documento sobre a Festa das Rosas destacava “a sua longa história, documentada, pelo menos desde 1622” e o seu “caráter único na continuação dos festivais milenares de invocação da primavera e do renascer do ciclo anual da vida”.
No documento de classificação realça-se “a produção e reprodução que caracterizam esta manifestação do património cultural na atualidade” e que se traduz “em práticas transmitidas intergeracionalmente no âmbito da comunidade, com recurso privilegiado à oralidade e à observação e participação direta”.
Sobre a Festa das Rosas de Vila Franca do Lima
A Festa das Rosas é a primeira grande romaria do ciclo anual de romarias alto minhotas e constitui um dos últimos testemunhos vivos do culto à Senhora do Rosário e à oferenda de flores às várias invocações da Senhora, outrora fulgurante na Ribeira Lima. Realiza-se há 400 anos na freguesia de Vila Franca, na margem esquerda do rio Lima, e é conhecida pelos cestos floridos, confecionados com milhares de pétalas de flores. Os cestos, que chegam a pesar mais de 50 quilogramas, são transportados na cabeça por jovens mordomas batizadas em Vila Franca, e que completem 19 anos em maio, numa demonstração de orgulho e fé.