Viana do Castelo acolhe Centro de Interpretação da História do Eixo Atlântico

09 de julho, 2025.

Viana do Castelo, Capital da Cultura do Eixo Atlântico 2025, prepara-se para inaugurar um novo polo cultural, o Centro de Interpretação da História do Eixo Atlântico, instalado na reabilitada antiga residência feminina de estudantes.

Foto: Futuro Centro de Interpretação da História do Eixo Atlântico

Viana do Castelo, que este ano celebra o título de Capital da Cultura do Eixo Atlântico 2025, prepara-se para receber um novo e significativo espaço cultural: o Centro de Interpretação da História do Eixo Atlântico. O projeto foi oficialmente apresentado hoje pelo Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo e do Eixo Atlântico, Luís Nobre, e pelo secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoan Vasquez Mao.

Foto: Luís Nobre e Xoan Vasquez Mao

O Centro será instalado no edifício da antiga residência feminina de estudantes, na Avenida Conde Carreira, um espaço que, após um período devoluto, será agora reabilitado. A intervenção promete preservar a arquitetura original do imóvel, ao mesmo tempo que o adapta com um design moderno, funcional e ecologicamente consciente, respeitando o ambiente urbano e paisagístico circundante.

Viagem Interativa pela História Euro-Regional

O coração do novo Centro será uma exposição permanente dedicada à história do Eixo Atlântico, enriquecida com conteúdos interativos que convidam à descoberta. Os visitantes terão acesso a uma sala audiovisual que destacará os principais projetos, iniciativas e redes de cooperação que marcam a trajetória da organização. O espaço contará ainda com uma sala digital imersiva, receção, sala de História, sala de Comunicação e uma sala para exposições temporárias.

Um dos grandes atrativos será a exposição antológica da Bienal de Pintura, que exibirá permanentemente as obras vencedoras das suas catorze edições, consolidando o espaço como um ponto de referência artístico. O percurso culminará numa sala dedicada à fascinante história do Eixo Atlântico, desde a sua fundação em Viana do Castelo em 1992, até à sua consolidação como o sistema urbano transfronteiriço mais antigo e dinâmico da União Europeia.

Experiências Culturais e Sensoriais ao Ar Livre

Para além das valências internas, o Centro de Interpretação estender-se-á para o exterior, oferecendo diversos espaços abertos ao público. Prevê-se uma zona cultural para atividades ao ar livre e exposições, um espaço de eventos com um pequeno palco para espetáculos e um jardim com plantas autóctones do noroeste da Península Ibérica, concebido com propósitos pedagógicos e científicos.

Destaque ainda para a zona de degustação gastronómica, onde será possível saborear produtos típicos da Galiza e do norte de Portugal, promovendo a riqueza cultural e culinária da Euro-região.

Compromisso com a Cultura e o Conhecimento

Esta iniciativa reforça o compromisso do Eixo Atlântico com a cultura e o conhecimento, solidificando Viana do Castelo como um pilar da Euro-região. A Câmara Municipal assume a recuperação do edifício, enquanto o Eixo Atlântico contribuirá com todo o conteúdo expositivo e programático.

Para Luís Nobre, este novo espaço irá "cuidar e projetar o trabalho ativo do Eixo Atlântico", sendo o melhor "exercício para mostrar um trabalho de três décadas, que começou em Viana do Castelo". Xoan Vasquez Mao sublinhou que o Centro será a marca deixada pela Capital da Cultura do Eixo Atlântico, um repositório da história da entidade e um ponto essencial para dar a conhecer a euro-região e a Europa.

Este projeto promete ser um marco cultural e educativo, não só para Viana do Castelo mas para toda a Euro-região.