Arcos de Valdevez reforça apoio a Alunos com Deficiência nas Férias | Peneda Gerês TV
- Jorge da Costa 
- 28 de jul.
- 3 min de leitura
28 de julho, 2025.
A Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, em parceria com o Agrupamento de Escolas de Valdevez, a Santa Casa da Misericórdia e a Associação Social e Recreativa Juventude de Vila Fonche, assinou um protocolo de cooperação para assegurar o apoio e a integração de alunos com deficiência em centros de atividades de tempos livres durante as férias escolares de verão. A iniciativa, que visa proporcionar bem-estar às crianças e descanso às famílias, já se encontra em funcionamento desde julho.

Arcos de Valdevez deu mais um passo significativo rumo a uma sociedade mais inclusiva com a formalização de um protocolo de cooperação essencial. Esta segunda-feira, a Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, o Agrupamento de Escolas de Valdevez, a Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez e a Associação Social e Recreativa Juventude de Vila Fonche uniram esforços para garantir que as férias escolares não representem um desafio para famílias de alunos com deficiência. O objetivo principal é proporcionar um ambiente seguro e estimulante, com acompanhamento profissional, permitindo que os pais conciliem a vida familiar e profissional.
Olegário Gonçalves, Presidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, sublinhou a importância da parceria, que já tem edições anteriores: "É uma parceria que já surgiu noutras edições anteriores e como nós continuamos a querer mantê-las e se já, melhorá-las." O autarca destacou que o projeto visa ocupar o tempo destas crianças, garantindo o seu bem-estar, segurança e participação em novas atividades, enquanto as famílias têm "um bem-estar melhor do que possam ter e também para lhes dar algum descanso".
Apoio Abrangente e Integração Total
O programa, que decorre nos meses de julho e agosto, já está em pleno funcionamento, acolhendo seis crianças: três na Santa Casa da Misericórdia e três na Associação de Vila Fonche. Olegário Gonçalves explicou que, no período de pausa letiva, muitas destas crianças ficariam sem resposta, dificultando a conciliação da vida profissional dos pais. "Nós encontramos esta parceria e quer a Santa Casa, quer a Associação de Vila Fonche, integram estes meninos nas suas atividades normais do centro de atividades de tempos livres", adiantando ainda que este protocolo "foi assinado somente com estas duas IPSS porque são as únicas a prestar este serviço nesta altura do ano".
Francisco Rodrigues Araújo, Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez, realçou a integração dos alunos com os restantes utentes dos Centros de Atividades de Tempos Livres (CATL), promovendo um "ambiente de normalidade". "Há aqui uma preocupação de normalidade no centro de atividades de tempos livres. Tenho um acompanhamento de um técnico que acompanha os miúdos", explicou. Enfatizou ainda que o protocolo "dá condições para que a família e eles possam, dentro daquilo que é a sua deficiência, ter uma humanidade".
Colaboração Essencial e Recursos Humanos Qualificados
Um dos pilares fundamentais deste protocolo é a disponibilização de recursos humanos especializados. "O agrupamento e a Câmara disponibilizam o pessoal que durante o ano está com eles nas outras atividades da escola, disponibiliza para os poderem acompanhar nas atividades, porque estas duas entidades não têm recursos humanos suficientes para poderem estar a acompanhar estes meninos que precisam de um cuidado especial", esclareceu Olegário Gonçalves. O autarca acrescentou ainda que a Câmara Municipal se compromete a efetuar o pagamento para as famílias que não tiverem condições de o fazer.
José Carlos Amorim, Vice-Presidente da Associação Social e Recreativa Juventude de Vila Fonche, reiterou o compromisso da sua instituição: "Nós supervisionamos o nosso espaço, juntamente com as técnicas que acompanham já durante o ano os miúdos, e só dessa forma é que era possível fazer este tipo de protocolo." Sublinhou ainda que a vasta experiência das técnicas da escola com os alunos assegura um acompanhamento diferenciado e uma integração perfeita nas atividades propostas.
Anabela Araújo, Diretora do Agrupamento de Escolas de Valdevez, partilhou a génese do projeto. Após uma experiência durante a pandemia, onde alunos com necessidades educativas especiais permaneceram na escola, e a subsequente solicitação dos pais, o agrupamento procurou uma solução mais abrangente. "Percebemos que eles acabavam por ficar muito isolados", disse Anabela Araújo sobre a experiência inicial de acolhimento na escola. A solução passou por integrar estes jovens em centros de atividades de tempos livres, com o apoio das entidades parceiras, que "receberam muito bem a proposta". Para a diretora, este protocolo é a concretização do que se pretende de uma escola inclusiva: "Incluir estes meninos o mais possível na sociedade onde estão inseridos."
Este protocolo, que se destaca pela sua abordagem colaborativa e inclusiva, serve de exemplo para outras comunidades, demonstrando o compromisso de Arcos de Valdevez com a igualdade de oportunidades para todos os seus cidadãos.













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