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"Manuela Rey is in da House" abre, amanhã, a VII edição do Festival de Teatro de Viana do Castelo

Atualizado: 10 de nov. de 2023

O espetáculo “Manuela Rey is in da House” estreia esta sexta-feira, dia 10 de novembro, às 21h00, na abertura da 7ª edição do Festival de Teatro de Viana do Castelo, que acontece no Teatro Municipal Sá de Miranda. Trata-se de uma coprodução do Teatro do Noroeste - Centro Dramático de Viana com o Centro Dramático Galego, Teatro Nacional São João e o Teatro Nacional D. Maria II, com encenação de Fran Núñez.




mulher sentada num banco de flores ao lado de um homem tocando concertina

Quem foi Manuela Rey? O encenador Fran Nuñez, atual diretor do Centro Dramático Galego, explicou aos jornalistas, no ensaio de imprensa desta quinta-feira, que descobriu Manuela Rey há uns anos, através de um artigo do escritor Antonio Reigosa e de outras leituras de artigos na Galiza.

mulher falando no púlpito
Paula Ballesteros faz a introdução sobre a atriz

“Achei que era um dever dos teatros públicos, nesta altura, recuperar a figura da Manuela Rey, que foi uma miúda do século XIX, que chegou a ser uma grande personalidade do teatro português da altura, e a primeira atriz do primeiro elenco residente do Teatro Nacional D. Maria II; uma atriz que escrevia, e sobre a qual foi feita uma biografia um pouco após a sua morte, e que de repente foi apagada da história”, conta.

mulher deitada sobre uma mesa com um homem com cabeça de cavalo a empurrar

Fran Nuñez disse que procuraram saber sobre Manuela Rey, tendo perguntado sobre ela ao Teatro Nacional D. Maria II, “e ninguém sabia dela”, assim como nos teatros da Galiza e também “ninguém sabia desta mulher”, frisou, motivo pelo qual deixou o apelo: “Se alguém tem o espólio, dos editores daqueles textos, esses textos que a Manuela Rey escreveu - e que existem, pois fazem parte da sua biografia “Fragmentos” -, agradecíamos imenso, e deixo aqui o apelo à imprensa, para localizar esses textos porque, na verdade, este espetáculo é uma pesquisa, também”.


Manuela Rey (01/10/1842 – 26/02/1866) nasceu em Mondoñedo, no lugar da Pradela de Trigás e morreu em Lisboa, tendo sido sepultada no cemitério dos Prazeres. Era apelidada de “mulher lírio” por ser “frágil e delicada, mas também poderosa e brilhante em palco”, explica o encenador Fran Nuñez, acrescentando que muitos poemas escritos por outros autores daquela época, assim como a imprensa de outrora, corroboram esse “cognome” atribuído à atriz.


Manuela Rey, “a mulher lírio” é mais do que uma linha no livro de sepultamentos do cemitério dos Prazeres, em Lisboa. É um mistério que começa em Mondoñedo, numa casa de aldeia, em 1842, e termina no Teatro Nacional Dona Maria II, em Lisboa. De Mondoñedo a Lisboa. Da Galiza a Portugal. 23 anos de vida. 23 anos de teatro. Como reconstruir uma vida onde só temos retalhos soltos e contraditórios?

Manuela Rey é a história esquecida do teatro galego e português. Atriz. Escritora. Neste espetáculo tentamos recuperar o que ficou da sua memória. Porque sem memória não há História, lê-se na sinopse do espetáculo.

mulheres e homens protestando em palco com tabuletas nas mãos
© Rui Carvalho

Um espetáculo com textos de Almeida Garret, Eduardo Augusto Vidal, Ernesto Marecos, Manuela Rey, Paula Ballesteros, Sousa Bastos, Xaquín Núñez Sabarís e elenco, apoio à criação de Neto Portela, música de Xosé Lois Romero, cenografia e figurinos de Pedro Azevedo, desenho de luz de Nuno Meira, apoio ao movimento de Guilherme de Sousa, apoio histórico de Paula Ballesteros (Consejo Superior de Investigaciones Científicas – Instituto de Ciencias del Patrimonio), cessão de documentos de Andrés García, Antonio Reigosa, Consello da Cultura Galega, Teatro Nacional Dona Maria II e Museu Nacional do Teatro e interpretação de Mariana Carballal, Neto Portela, Nuno J. Loureiro, Rafaela Sá, Raquel Crespo, Teresa Vieira, Xosé Lois Romero, e ainda a presença da arqueóloga Paula Ballesteros.

mulher em cima de uma mesa com um holofote na mão, rodeada de homens com cabeça de cavalo

Todas as sessões do espetáculo contam com um software experimental que inclui Legendagem em Inglês, Tradução Simultânea em Língua Gestual Portuguesa e um comentário descritivo dirigido às pessoas com deficiência visual.


A peça abre, assim, o Festival de Teatro de Viana do Castelo, que vai na sétima edição, e que decorre de 10 a 19 de novembro, com duas récitas de Manuela Rey is in da House (10 e 11 de novembro); Porta do Céu (11 de novembro), Não Andes Nua Pela Casa (13 de novembro); Esse Caminho Longe (14 de novembro), Diálogo de Sombras (15 de novembro), Naquele Dia, Não Passou na Televisão (16 de novembro); Desumanização (17 de novembro), Famílias (18 de novembro); Mulheres de Shakespeare (18 de novembro); Solteira Casada Viúva Divorciada (19 de novembro).


O Festival de Teatro de Viana do Castelo, frisa Ricardo Simões, Diretor Artístico do Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana, espera que “cada espectador consiga encontrar pelo menos uma razão para vir ao teatro, com esta programação”, salientando ainda que “a pedra-de-toque deste festival é a acessibilidade e a inclusão.”


Toda a programação do Festival de Teatro de Viana do Castelo pode ser encontrada em www.tmsm.pt e os bilhetes estão à venda na BOL – Bilheteira Online e na Bilheteira do Teatro Municipal Sá de Miranda.


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