Presidente do IPVC alerta para atrasos no reembolso das verbas para o funcionamento dos CTESP
- Fernanda Pinto Fernandes
- 3 de ago. de 2022
- 3 min de leitura
Aproveitando a visita das ministras da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e da Coesão Territorial ao Alto Minho, o presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) manifestou preocupação pelos consideráveis atrasos no reembolso das verbas para o funcionamento dos Cursos Técnico Superiores Profissionais (CTESP).

O presidente do Politécnico de Viana do Castelo, Carlos Rodrigues, aproveitou a visita das Ministras da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, e da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, para manifestar a sua preocupação, com o atraso significativo no reembolso das verbas para o funcionamento dos CTESP – Cursos Técnico Superiores Profissionais.
O IPVC tem vindo a reforçar a sua oferta formativa com estes cursos técnicos de dois anos, em parceria com os municípios do Alto Minho e com empresas da região. “Estes novos cursos têm vindo a ser construídos lado a lado com os municípios e com o tecido empresarial de forma a dar resposta às reais necessidades da região, para que o setor empresarial possa ter mão de obra qualificada e especializada”, explica Carlos Rodrigues, que já fez chegar o ensino superior aos municípios de Arcos de Valdevez, Monção e Melgaço.
No entanto, o Presidente do Politécnico de Viana do Castelo não esconde a sua preocupação relativamente ao financiamento dos mesmos. “Todo este trabalho que o IPVC tem vindo a desenvolver com a região do Alto Minho pode estar em causa. Há atrasos muito significativos no reembolso das verbas associadas ao funcionamento dos CTESP. Esses atrasos podem condicionar o bom funcionamento da instituição”.
Confrontada pelo presidente do IPVC, a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, não escondeu o seu desagrado com a situação que, sublinha, “é uma situação que apenas se verifica a Norte do País”, referindo que em todas as outras Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, a situação está regularizada tendo inclusive, “existido reforço de verbas para o financiamento destes cursos noutras zonas do país”. Ana Abrunhosa considerou que a “situação é grave e preocupante”, lamentando o caminho que está a ser seguido pela CCDRN (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte). “Obviamente que esta é uma situação que teremos que resolver o quanto antes. Não podemos alimentar ou compactuar com a ideia de que existe um ensino de primeira e de segunda”.

Também a Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, manifestou preocupação com a situação, e prometeu estar articulada com os restantes ministérios de forma a ser encontrada o mais breve possível uma solução. Elvira Fortunato deixou ainda a indicação de que muito em breve irá ao IPVC de forma a conhecer de perto a instituição.
IPVC ASSINA ACORDO DE COOPERAÇÃO DA BRANDA CIENTÍFICA DE S. BENTO DO CANDO
O IPVC, a Universidade do Minho, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, o Instituto Politécnico de Bragança, a Universidade de Vigo e a Universidade de Santiago de Compostela, assinaram o acordo de cooperação para a criação da Branda Científica, na freguesia da Gavieira, em Arcos de Valdevez. O objetivo é criar uma estação científica internacional que estude da biodiversidade do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

A criação da Branda Científica implica a remodelação de alguns edifícios pertencentes à Confraria de S. Bento de Cando. A assinatura do acordo contou com a presença das Ministras da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e da Coesão Territorial, da Secretária Estado da Coesão e da presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia.
CIM ALTO MINHO PEDIU MAIS BOLSAS DE INVESTIGAÇÃO PARA O PROJETO NUTRIR
Manoel Batista, Presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM Alto Minho) defendeu mais investimento e mais bolsas de investigação, no âmbito do NUTRIR, destacando o trabalho desenvolvido por este centro de transferência do conhecimento no setor agroalimentar da região.

O NUTRIR – Núcleo Tecnológico para a Sustentabilidade Agroalimentar, criado há ano e meio e com sede em Melgaço, é um centro associado à unidade de investigação do IPVC-CISAS, que junta o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e a Universidade de Santiago de Compostela, em Espanha.
O presidente da CIM Alto Minho, Manoel Batista, considerou de extrema importância o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido no âmbito do projeto NUTRIR, pelo que o pedido feito à tutela foi o da criação de mais bolsas de investigação, a somar às que já existem.
Para o presidente da CIM Alto Minho “é importante e fundamental trazer conhecimento e massa crítica” para a região, com o objetivo de se alcançar uma “outra dinâmica”.
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